domingo, 24 de maio de 2015

Gênesis (Augusta)

Naquela manhã, recebi um e-mail falando sobre um palco aberto que haveria na Augusta. Embora soubesse que precisava ir, tb era de conhecimento próprio que poderia sabotar a empreitada. A sensação sinuosa de que não se está pronto age histericamente em algumas situações, embora no mais ela seja devidamente calada. No entanto, existe... habita em mim, não fosse pelo mais complexo sentimento que se sente na pulsão do ato. 

Mas eu deito com meus medos de modo íntimo, na mesma cama, sob o mesmo cobertor. À convite, por namoro, por sexo (com camisinha)... e incansavelmente escreverei isto: não sou da dualidade, então não há pq enfrentá-lo. Não dou rivotril, maconha, cigarro ou cerveja a ele... dou sexo, carinho, atenção. Digo: pois olhe, mesmo que dê tudo errado... o melhor é fazer. Na dúvida, faça. Entre choros, tremores, dedos roídos, unhas no talo e modos de avistar qualquer segurança, acontece que um homem ao mar só tem um desfecho.

Ainda que a razão quisesse acalentar o receio - me inscrevendo em quarto lugar, talvez os outros estivessem mais temerosos (ou ávidos de seu público) que eu, de modo que fiquei sendo o primeiro a tocar o par de suas canções.

Assim foi, assim retorno.


Fotos de Denis Sitta











Nenhum comentário:

Postar um comentário